segunda-feira, 21 de abril de 2014

Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino anda aparecendo bastante na minha timeline do Facebook. Algumas vezes até com links para colunas dele, o que aumenta o número de cliques no site da Veja e valoriza a publicidade.
Talvez alguns só conheçam sua história recente. Ele já torra o saco em comunidades virtuais há mais ou menos dez anos, vomitando textos panfletários, ora de autoria dele, ora de autoria de Mises Institute e similares. Tanto que há muito tempo ele tem o apelido de Spamta. Seu mais brilhante texto foi sobre a importância de privatizar os tubarões para salvá-los da ameaça de extinção. Quando alguém (que perda de tempo) resolvia replicar, Spamta não treplicava para derrubar o argumento do replicador (talvez por ser incapaz até disso), mas simplesmente repetia com outras palavras o que havia dito antes. E não demorava muito para aparecer as palavras Cuba e Coreia do Norte em suas argumentações.
Spamta se considerava "direitista liberal" e vomitava spams tanto contra a esquerda, quando contra a direita conservadora religiosa. Um dia teve até um ranca rabo virtual com Olavo de Carvalho, por causa de religião.
Até que um dia..., ele encontrou Gizuis. Se reconciliou com seu amado Mestre Olavo e passou a defender não apenas a escola austríaca de economia e a privatização dos tubarões, como também as carolices, os valores da família e os bons costumes. Feliciano e Bolsonaro passaram a fazer companhia a Hayek e Von Mises.
Especula-se o motivo da guinada. Talvez, uma consultoria tenha lhe alertado que "direita liberal" ou "libertarianismo" não tem um nicho de mercado muito promissor no Brasil e que é melhor ficar no modelo reaça standard mesmo.
Recentemente, Spamta deixou de ser um mero emissor de spam em comunidades virtuais e agora assina colunas no Globo e na Veja, mas suas colunas mantém o padrão de argumentação de comunidades virtuais. Cuba e Coreia do Norte continuam bastante presentes em suas colunas, e Hitler era de esquerda.
Sua maior batalha agora é tentar emplacar a expressão "esquerda caviar". Não vai conseguir. Esquerdista, mesmo quando ganha bem, despreza caviar porque considera caviar uma coisa bem cafona.

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